O PSDB aprovou nesta quinta-feira a fusão com o Podemos. A decisão foi tomada por unanimidade durante a convenção nacional convocada para hoje. Participaram do processo integrantes do Diretório Nacional do partido, senadores, deputados e representantes de cada estado. Foram 201 votos a favor, dois contrários e duas abstenções.
A união acontece em meio a um processo de desidratação do PSDB, que já comandou a Presidência da República por dois mandatos com Fernando Henrique Cardoso e polarizou a política nacional com o PT por cerca de 20 anos, mas que hoje tem uma bancada diminuta no Congresso, de governadores e de líderes nacionais. Nas perdas mais recentes, os governadores do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e de Pernambuco, Raquel Lyra, saíram do PSDB e se filiaram ao PSD.
O Podemos ainda precisa votar para decidir se concorda com a fusão, mas a tendência é que a sigla não crie obstáculos para a aliança.
Assim como uma federação, a fusão é instrumento pelo qual os partidos se unem para somar os resultados das bancadas da Câmara dos Deputados para evitar serem atingidos pela cláusula de barreira, que impede partidos pequenos de terem acesso ao fundo partidário e a tempo de propaganda. No entanto, diferente de uma federação, que pode ser desfeita após quatro anos, a fusão é permanente.
A cúpula do PSDB pretende preservar o nome e o programa do partido mesmo com a fusão com a outra legenda, mas isso ainda será objeto de debates com o Podemos.
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