segunda-feira, 17 de março de 2025

MDB se divide, e uma ala do partido recua em relação ao apoio a Lula.


Um dos mais tradicionais partidos do país, o MDB orbitou todos os governos petistas – dos dois mandatos de Lula até a metade da gestão Dilma Rousseff, quando em 2016 rompeu com a então presidente em meio ao processo de impeachment e chegou à Presidência com o vice Michel Temer. Em 2022, a legenda lançou Simone Tebet para disputar o Planalto – derrotada, a ex-senadora apoiou Lula no segundo turno, virou ministra do Planejamento e puxou a fila de emedebistas para o terceiro mandato do petista, retomando a aliança PT-MDB com três importantes ministérios na Esplanada.

Até aqui, a parceria segue firme, o MDB parece blindado de eventuais reformas ministeriais e seus representantes são alguns dos mais prestigiados da Esplanada. Nada disso impede, porém, que a legenda comece a vislumbrar outros voos para 2026.

Segundo maior partido em prefeituras, liderando os municípios no Nordeste do país, o MDB vive um racha interno sobre o apoio a Lula e ao PT no próximo pleito. Os atuais ministros – além de Tebet, Renan Filho (Transportes) e Jader Filho (Cidades) – defendem a continuidade da aliança com Lula. Por parte desses aliados, há quem defenda até que o partido componha a chapa petista em 2026 na função de vice.

Outras figuras, porém, elevam a carga por uma alternativa. Alguns dos nomes que integram esse movimento já são conhecidos, entre os quais o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, e o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha. Outras lideranças das principais regiões do país começam a enviar sinais que preferem que a legenda não firme uma aliança em 2026.

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