O Ex-Ministro Rogério Marinho (PL) em recente entrevista disse que a candidatura do Deputado Federal Rafael Motta (PSB) ao Senado é “positiva”. A fala não foi devidamente analisada no debate público, mas deveria.
Primeiro porque não é usual um adversário celebrar a postulação de um adversário; segundo porque é uma fala que não diz exatamente o que está explícito.
Vamos a análise!
Rogério é do ramo e sabe que Motta também o atrapalha por ter potencial para avançar numa faixa do eleitorado que não vota nele nem no ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves (PDT).
Trata-se de 50% do eleitorado em jogo.
O Blog do Barreto já mostrou que Motta largou sem tirar votos de Carlos Eduardo. Daí Rogério Marinho estimular publicamente a candidatura de Rafael Motta dando a entender que seria beneficiado com isso. Na verdade, não é pelas razões que já apontamos acima.
O ex-ministro precisa estimular uma crise no governismo com a governadora Fátima Bezerra (PT) batendo na mesa e impondo o nome de Carlos.
Até aqui a petista não sinaliza que fará isso até porque recebe o apoio incondicional de Motta e do PSB. Em entrevista ao Foro de Moscow o secretário chefe do gabinete civil Raimundo Alves admitiu a possibilidade de duas candidaturas governistas ao Senado sendo que a aliança formal seria com o PDT.
Rogério sabe que Motta disputando o Senado é um mal negócio para ele também. A primeira estratégia, a de provocar uma crise no governismo, não deu resultados.
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